Segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
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A Prefeitura de Mandaguari, através da Secretaria de Saúde do
município reinicia na próxima quinta-feira (22) o Projeto de Controle do Tabagismo,
a partir das 13h30 na Unidade Básica de Saúde (UBS) do centro da cidade. O projeto
oferece tratamento para as pessoas que querem parar de fumar e é coordenado
pela médica Martha Borges Cavalcante desde 2010 e já atendeu mais de 300
pessoas. Para coordenar o projeto, a médica se capacitou no INCA – Instituto
Nacional do Câncer, em São Paulo.
Equivocadamente muitas
pessoas acreditam que o tabagista é um “viciado", “sem força de
vontade", “que não deixa de fumar porque não quer". Não é isso.
Na verdade quem fuma sofre de dependência química, ou seja, é alguém que ao
tentar deixar de fumar, se defronta com grandes desconfortos físicos e
psicológicos que trazem sofrimento, e que pode impor a necessidade de várias
tentativas até que finalmente consiga abandonar o tabaco.
O VÍCIO
A nicotina, presente
em qualquer derivado do tabaco é considerada droga por possuir propriedades
psicoativas, ou seja, ao ser inalada produz alteração no sistema nervoso
central, trazendo modificação no estado emocional e comportamental do usuário
que pode induzir ao abuso e dependência. O quadro de dependência resulta em
tolerância, abstinência e comportamento compulsivo para consumir a droga,
estabelecendo-se assim um padrão de autoadministração caracterizado pela
necessidade tanto física quanto psicológica da substância, apesar do conhecimento
de seus efeitos prejudiciais à saúde.
Muitos são os fatores
que podem levar a pessoa a experimentar drogas, já que é histórica a tendência
humana de buscar formas de alterar sua consciência de modo a produzir prazer e
modificar seu humor. De maneira geral a possibilidade do encontro com a droga
se dá na adolescência, fase caracterizada por muitas transformações físicas e emocionais,
angústias e busca de respostas.
Dependendo da
suscetibilidade individual, alguns fatores serão decisivos para estimular o
indivíduo atender a essa tendência humana de buscar nas drogas o alívio para
suas tensões, tais como a aceitação social de uma determinada substância, seu
fácil acesso, uso da droga por pessoas que tenham papel de modelos de
comportamento. Portanto, a sociedade pode contribuir de maneira significativa
para que o acesso ao uso seja estimulado, causando adoecimentos em larga
escala.
No caso do tabagismo
vale destacar o papel que a publicidade exerceu e exerce na adoção do consumo
de derivados do tabaco, especialmente cigarro. A publicidade veiculada pelas
indústrias aliou as demandas sociais e as fantasias dos diferentes grupos
(adolescentes, jovens, mulheres, faixas economicamente mais pobres e com menor
nível de escolaridade, entre outras.) ao uso do cigarro. A manipulação
psicológica embutida na publicidade de cigarros procura criar a impressão,
principalmente entre os adolescentes e jovens, de que o tabagismo é muito
mais comum e socialmente aceito do que é na realidade. Para isso, utiliza a
imagem de ídolos e modelos de comportamento de determinado público-alvo,
portando cigarros ou fumando-os, ou seja, uma forma indireta de publicidade que
ainda tem forte influência no comportamento tanto dos adolescentes e jovens
quanto dos adultos. A publicidade direta era feita por veículos de comunicação
de massa, por anúncios atraentes e bem produzidos, o que está proibido no
Brasil desde 1996.
SERVIÇO
A do centro da cidade
está localizada na Rua Padre Antônio Lock, ao lado da Secretaria de Saúde.
Telefone para contato: (44) 3233-2982.
Fonte: Conscientização
Horário de atendimento: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h