Terça-feira, 06 de março de 2018
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Com Informação da Assessoria
Amusep
Chegar em dezembro com as seis câmaras temáticas em
pleno funcionamento; com um envolvimento maior dos participantes; e com as
propostas transformadas em ações que resultem em avanços socioeconômicos para a
população. Foi com esse espírito que os integrantes retomaram as atividades do Comitê
Territorial de Desenvolvimento de Ambiente para os Pequenos Negócios, na região
da Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep).
O município de Mandaguari, que participa ativamente
do comitê, enviou representantes ao primeiro encontro, que foi realizado no dia
dois de março, na sede do Escritório Regional Noroeste do Sebrae, em Maringá.
Estiveram presentes do secretário de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e
Turismo, Ivan Carlos de Moraes, o diretor de Desenvolvimento Econômico, Jaime
Paulino e a responsável local pelo Banco do Empreendedor, Marcela Jesus da
Rocha.
Valério Matiolli Marqueze, agente de Crédito, em
Sarandi, espera que, este ano, a estrutura do Comitê Territorial seja
consolidada e o trabalho apresente mais resultados positivos. Ele cita que, em
2017, o município dele contabilizou um crescimento de 340% na liberação de
microcrédito. “Um salto considerável, que foi impulsionado pela nossa
participação na Câmara Temática do segmento”, destaca.
Para a gerente da Sala do Empreendedor de Maringá,
Cássia de Fátima Mendonça, os integrantes do Comitê vão ter que praticar ações
no dia a dia para ampliar o envolvimento de mais pessoas. “O número de
representantes dos vários setores da sociedade regional precisa aumentar.
Assim, mais municípios serão contemplados com programas voltados para estimular
o progresso e a geração de emprego e renda”, ressalta.
Panorama econômico
Na abertura dos trabalhos do Comitê, em 2018, o
economista João Ricardo Tonin traçou um panorama sobre o cenário atual e as
tendências para a economia nacional, estadual e regional. Comentou que os
indicadores começam a reagir. Ilustrou com o aumento de um por cento do Produto
Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas por um país)
brasileiro, no ano passado, depois de duas quedas consecutivas, em 2015 e 2016
respectivamente. Também citou os juros básicos, a taxa Selic, que, hoje, está
em 6,75%, ao ano, depois de atingir o patamar de 14,25%, ao ano, em julho de
2015.
Tonin afirmou que a queda nos juros vai favorecer
setores como o mercado imobiliário, pois a tendência é haver uma oferta maior
de linhas de crédito para o financiamento da compra da casa própria. Também vai
influenciar no controle da inflação e na taxa de câmbio. Na esfera estadual, a
recuperação dos preços das commodities, principalmente da soja e do milho, vai
refletir no mercado de máquinas e implementos agrícolas e, até, na venda de
carros novos.
Futuro
Em relação às políticas públicas a serem adotadas
pelos municípios, o economista alertou para temas que precisam estar na pauta
das discussões de hoje, pois, no futuro, vão interferir na qualidade de vida
dos cidadãos. De acordo com as projeções para 2040, a região vai sofrer um
crescimento populacional considerável. O envelhecimento das pessoas é outra
tendência. Estima-se que em um grupo de um milhão de habitantes, haverá 150 mil
idosos. “Se esses dados forem levados em consideração, agora, muitas ameaças
passam a ser oportunidades”, avalia.
Um dos caminhos apresentados pelo economista é os
líderes buscarem conhecer como as cidades são lembradas e quais os setores da
economia que se destacam. Outro é atrair empresas para fortalecer os segmentos
instalados. Valorizar as organizações familiares e aumentar a participação do
empresariado local nas licitações também são recomendados. Há ainda a
necessidade de integrar políticas públicas entre cidades vizinhas e ampliar o
uso de tecnologias modernas pelos municípios.
Fonte: Pensando no futuro
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