Segunda-feira, 12 de março de 2018
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Número de mulheres com carteira assinada em
Mandaguari aumentou cerca de 240% entre 1986 e 2016. A participação delas no
mercado de trabalho aumentou de 26,8% para 46,61,3% do total de vagas, segundo
levantamento da Assessoria de Imprensa da Prefeitura junto ao Ipardes
(Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
No Paraná os percentuais foram parecido e,
segundo o diretor-presidente do Ipardes, Júlio Suzuki, houve mudança
estrutural, com mais mulheres chefes de família e com maior nível de instrução,
tendência seguida pela maioria dos municípios, inclusive Mandaguari.
O número de mulheres no mercado de trabalho
formal em Mandaguari mais que triplicou nos últimos 30 anos. Em 1986, de acordo
com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do
Trabalho, 1.437 mulheres trabalhavam com carteira assinada no município. Em
2016, esse número estava em 4.882 – 240% maior. Já o número de homens passou de
3.924 em 1986 para 5.592 em 2016, um crescimento de apenas 42%. Para se ter uma
ideia do significado destes números, vale observar que em 1986 os homens
representavam 73,2% do mercado formal e em 2016 esta participação caiu para
53,39%.
Há 30 anos, o sexo feminino detinha 26,8% das
vagas no mercado de trabalho no Estado. Em 2016, essa participação chegou a 46,61%.
Os dados da RAIS foram compilados pelo
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e mostram
que as mulheres do Paraná trabalham, em sua maioria, no setor de serviços, em
que respondem por 60% da mão de obra. O segundo setor que mais emprega mulheres
é o comércio, com 21,7%, seguido pela indústria (15,6%) e pela agropecuária
(1,4%). A construção civil tem apenas 0,7% da força de trabalho formada por
mulheres.
Apesar da preponderância masculina no mercado
de trabalho no Estado, há municípios paranaenses em que a mão de obra feminina
é destaque. Entre as 399 cidades do Estado, 79 registram maioria de mulheres no
mercado de trabalho.
“O aumento das mulheres no mercado de
trabalho não deriva da questão demográfica, já que elas são a maioria da
população. Trata-se de uma mudança estrutural, com um número maior de mulheres
se tornando chefes de família e com maior nível de instrução”, diz Júlio
Suzuki, diretor-presidente do Ipardes.
Em 2016, 28% das mulheres no mercado de
trabalho no Paraná tinham ensino superior, contra uma média de 14% dos homens.
Em média, as mulheres brasileiras com 25 anos ou mais têm 8,2 anos de estudo,
contra 7,8 anos dos homens.
O aumento da presença da mulher no mercado de
trabalho também reduziu a diferença salarial em relação aos homens no Paraná.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em
2016 as mulheres ganhavam, em média, 26,5% menos do que os homens. Em 2012,
essa diferença era de 32,1%.
Pelo menos três fatores ajudam a explicar
essa diferença, de acordo com Suzuki Júnior. “O primeiro é a incidência maior
da jornada parcial entre as mulheres, o segundo é que há a preponderância
feminina no emprego doméstico, que infelizmente tem baixa remuneração, e em
terceiro a existência, ainda, da discriminação, que faz com que em alguns
cargos de igual posição e carga horária, os homens ainda ganhem mais”, diz.
Suzuki Júnior lembra também que, por outro
lado, os homens têm presença maior em setores como construção civil e
indústria, que pagam melhores remunerações. A tendência, de acordo com ele, é
que essa diferença diminua cada vez mais nos próximos anos.
Fonte
de dados: Ipardes
Fonte: Igualdade
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