Segunda-feira, 16 de abril de 2018
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Com Assessoria Amusep
Estabelecer
as bases para a elaboração da pauta conjunta de reivindicações da região da
Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep) a ser apresentada
aos candidatos nas eleições de outubro. Esse foi o tema central da reunião
mensal dos prefeitos realizada no dia 13 de abril, na sede da entidade.
Durante
o encontro, representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostraram
algumas diretrizes para servirem de referência para a construção do documento
que terá a chancela dos 30 prefeitos das cidades da área de abrangência da
Amusep. Joarez Lima Henrichs, consultor da CNM, elogiou a decisão da Amusep e
aproveitou o momento para fazer uma série de alertas aos gestores públicos.
Com
a experiência de ter sido prefeito de Barracão e presidido a Associação dos
Municípios do Paraná (AMP), Joarez foi enfático ao dizer que as próximas
eleições serão decisivas para o futuro do movimento municipalista. “Há uma
série de questões urgentes que devem ser muito bem debatidas e ponderadas.
Nossa união é vital para sermos ouvidos e reconhecidos como porta-vozes da
população pelas quais fomos eleitos”, destacou.
Ressaltou,
no entanto, haver demandas junto ao Congresso Nacional e às diversas esferas do
Judiciário que “são para ontem”. Joarez advertiu ser preciso estipular um
calendário de ações para ser colocado em prática de imediato e, em paralelo,
alinhavar as propostas para serem entregues aos candidatos. “Temos que
arregaçar as mangas e colocar a mão na massa de forma enfática. Caso contrário,
corremos o risco de inviabilizar muitos dos atuais mandatos de prefeito”,
argumentou.
Repercussão
A
reação dos prefeitos presentes no encontro da Amusep comprova que a preocupação
dos representantes da CNM reflete as dificuldades enfrentadas pelos gestores
municipais. A maioria se manifestou para citar um ou mais problemas. Os
desafios vão desde aos questionamentos e condenações judiciais, motivados pelo
Ministério Público, ao processo de repasse de recursos dos impostos sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e sobre a Propriedade Territorial Rural
(ITR), e à gestão dos fundos próprios de previdência dos servidores.
Na
opinião do presidente da Amusep, prefeito de São Jorge do Ivaí, André Luís
Bovo, a reunião foi “altamente” positiva, pois proporcionou o ambiente
necessário para o debate e para sinalizar quais assuntos são prioridade. “Estão
claros, os caminhos a serem percorridos. Agora, vamos definir as estratégias
para apresentar os pedidos, aos candidatos, e de defender os interesses dos
municípios junto aos atuais representantes da região em Curitiba e Brasília”,
afirmou.
Convidados
Após
o encontro reservado entre prefeitos e os representantes da CNM, foi aberto
espaço quatro convidados falarem sobre projetos desenvolvidos por eles. Dois
relacionados à tecnologia; um à reinserção social de apenados e outro de
segurança no trânsito. O aplicativo “govfácil”, oferece, em tempo real,
informações sobre certidões e o cumprimento das obrigações das prefeituras
junto aos tribunais de Cotas do Estado (TCE) e da União (TCU), aos convênios
assinados com as esferas estadual e federal. Também contempla os índices
constitucionais de investimento em Educação, Saúde, comprometimento da folha de
pagamento sobre a arrecadação e indicadores gerenciais para facilitar a tomada
de decisões.
Outra
ferramenta tecnológica apresentada foi referente à segurança digital, para
proteger os bancos de dados das prefeituras das invasões de hackers e
sequestradores virtuais, denominados de ransomwares. De acordo com Marcelo
Nicolau, da Solaris Digital Security, a ação de softwares criados para
bloquearem o acesso a arquivos ou sistemas para só liberá-los, após o pagamento
de um valor especificado tem sido mais frequente e provocado, além do prejuízo
financeiro, transtornos administrativos para os gestores municipais, com
reflexos para a população.
Com
projetos desenvolvidos com algumas prefeituras da região da Amusep, a Escola
Prática Educativa de Trânsito quer ampliar a área de atuação. Idealizada por
técnicos do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), a unidade desenvolve
atividades na sede física, em Maringá, e de forma itinerante, nos municípios
parceiros. A proposta é conscientizar as comunidades, por meio das crianças e
adolescentes, sobre como evitar acidentes e proteger vidas.
O
diretor da Colônia Penal Industrial de Maringá, Rafael Alberto Kawanishi
Martins, sugeriu a assinatura de acordo para os apenados, beneficiados pelo
regime semiaberto, executarem serviços de diversas naturezas para as
prefeituras. Falou sobre as vantagens, procedimentos e obrigações da parceria.
Quem assina convênio, fica responsável pelo transporte, alimentação, entrega de
equipamentos de proteção individual (EPIs), e o pagamento de um salário mínimo,
por mês, por colaborador contratado. Está isento, no entanto, de qualquer
vínculo trabalhista, como encargos sociais, férias e 13º salário.
Fonte: Muncipalismo
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