Aproveitar ao máximo os resíduos recicláveis e orgânicos e dar a eles o encaminhamento correto é o fundamento da política de Lixo Zero. Presente em cidades do Brasil, da Itália, da Eslovênia, dos Estados Unidos, do Japão, das Filipinas e da África do Sul, o conceito consiste em reduzir – ou até eliminar – o envio desses materiais para aterros sanitários ou para incineração.

Pode-se dizer ainda que o Lixo Zero é um conceito de vida, no qual o indivíduo e, consequentemente, todas as organizações das quais ele faz parte passam a refletir e tornam-se conscientes dos caminhos e das finalidades de seus resíduos antes de descartá-los. Nesse contexto, as responsabilidades pertencem a indústrias, ao comércio, aos consumidores e ao governo.

A organização da sociedade civil autônoma Instituto Lixo Zero Brasil representa no País a Zero Waste International Alliance – movimento internacional de instituições que desenvolvem os princípios de Lixo Zero no mundo. De acordo com a entidade, o conceito pode ser lido como uma meta ética, econômica, eficiente e visionária para guiar as pessoas a mudarem seus modos e práticas de vida de forma a incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitir sua recuperação e uso pós-consumo.

Ainda segundo a organização, quatro ações devem ser colocadas em prática para fomentar a política de Lixo Zero: repensar, reutilizar, reduzir e reciclar. Repensar consiste em acabar com a ideia de que os resíduos são sujos ou inúteis, o que inclui a necessidade de separar o lixo comum de materiais que podem ser reaproveitados. Reutilizar é a forma de tirar o proveito máximo dos objetos e materiais antes de encaminhá-los para a reciclagem. Reduzir é gerar o mínimo possível de lixo. Por fim, reciclar é ressignificar os produtos por meio do aproveitamento da matéria-prima do resíduo para fabricar o mesmo ou outro item.

Fonte: Governo do Brasil, com informações do Instituto Lixo Zero no Brasil