Terça-feira, 14 de agosto de 2018
Ouvir matéria
Mandaguari esteve bem representada na reunião para
definir as regras dos novos contratos de concessão das rodovias pedagiadas do
Estado. Promovido pelo Governo do Paraná, o encontro foi realizado na semana
passada, na Casa do Nelore, localizada no Parque Internacional de Exposições
Francisco Feio Ribeiro, em Maringá.
Estiveram presentes, representando o município de
Mandaguari, o prefeito Romualdo Batista, os vereadores Jocelino Tavares, Márcia
Serafini, Luiz Carlos Garcia, Sebastião Alexandre da Silva, Clarice Ignácio
Pessoa Pereira e João Jorge Marques, engenheiro da Prefeitura, Alex Bosso e do
presidente da ARD (Agência Regional de Desenvolvimento), Orivaldo Siquinelli.
Para o prefeito de Mandaguari, “o encontro e as discussões
são proveitosos para discutirmos o assunto, mesmo porque o nossos município tem
conquistas, como a tarifa zero e o desconto para na praça de pedágio, que devem
ser mantidas num novo modelo de concessão que o Governo está discutindo com as
lideranças regionais”.
Além do prefeito de Mandaguari, representaram a Amusep
(Associação dos Municípios do setentrião Paranaense), o presidente da entidade,
André Luís Bovo, prefeito de São Jorge do Ivaí; o primeiro vice-presidente; Márcia
Cristina Dall Ago, de Flórida; Crisógono Noleto e Silva Júnior, o Juninho, de
Itaguajé; Vítor Aparecido Fedrigo, o Vitão, de Itambé; Tânia Martins Costa, de
Lobato; Victor Celso Martini, de Marialva; Moacir Olivatti, de Nova Esperança;
Manoel Rodrigo Amado, de Ourizona; e Walter Volpato, de Sarandi.
O presidente da Amusep disse que o assunto é de interesse
de toda a comunidade paranaense e destacou que as novas regras sobre os
pedágios precisam ser amplamente discutidas pelos vários segmentos da
sociedade. “As concessões são relevantes, pois nos afetam nas mais variadas
frentes. O consumidor, que paga as tarifas; as prefeituras, que arrecadam
impostos; o governo, que fiscaliza o cumprimento dos contratos; as
concessionárias, que assumem a responsabilidade de fazer a manutenção e as
obras nas rodovias”, afirmou.
Metade do valor atual
Logo no início da reunião, a governadora do Paraná, Cida
Borghetti, adiantou um dos pontos já definidos. “Os valores das tarifas vão
ser, pelo menos, 50% inferiores aos praticados na atualidade”, anunciou. Ela
argumentou que a decisão, em momento algum, vai interferir na segurança, nos
serviços prestados e nas obras prioritárias para melhorar a qualidade das
rodovias paranaenses. “Por isto, realizamos os encontros regionais para ouvir a
população e os líderes da sociedade civil organizada. Nossa meta é a justiça
tarifária. Elaborar um contrato que sirva de modelo para outros estados da
Federação”, ressaltou.
O secretário Estadual de Infraestrutura e Logística,
Abelardo Lupion, comentou haver uma força-tarefa debruçada sobre os contratos
atuais; outra, dedicada a elaborar as novas regras; e, uma terceira,
determinada a tornar realidade uma ferrovia para ligar Maracaju, no sul do Mato
Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá. “É um amplo horizonte para reduzir o
impacto direto provocado, principalmente, no bolso da cadeia produtiva do
Agronegócio”, explicou, ao citar que o setor ligado à produção agrícola
corresponde a 60% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas
produzidas) do Paraná.
Sílvio Barros, secretário Estadual de Desenvolvimento
Urbano, recordou que todo processo de encerramento dos contratos atuais e da
elaboração dos novos cumpre um rigoroso planejamento, especialmente, por causa
dos prazos legais e das regras em vigor. “É um tema complexo, recheado de
detalhes. Cada item deve ser, cuidadosamente, analisado para evitar
questionamentos jurídicos e prejuízos para o caixa do Estado”, declarou.
Prazo de Validade
Os contratos de concessões foram assinados em 1997 e vão
se encerrar em dezembro de 2021. O chamado Anel de Integração compreende 2,5
mil quilômetros de rodovias, dos quais 1,8 mil são de estradas federais,
delegadas ao Governo do Paraná. A governadora Cida Borghetti revelou que as
negociações com o Palácio do Planalto estão adiantadas para que a outorga seja
mantida. “Temos os pareceres favoráveis dos ministérios. Aguardamos a chancela
da Presidência da República”, comentou.
A reunião de Maringá foi parte de um ciclo de cinco
eventos do gênero. Os outros quatros foram realizados em Cascavel, Londrina,
Ponta Grossa e Curitiba. O engenheiro Civil e coordenador de Concessão e Pedágios
Rodoviários do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Roberto Abagge dos
Santos, estimou que no Lote 2, no qual o noroeste do Paraná está inserido, por
diversas razões, cem quilômetros de duplicação e outros 50 de contornos
deixaram de ser construídos, de acordo com a previsão inicial de 1997.
Com informações da Assessoria de
Imprensa da Amusep
Fonte: Debate
Horário de atendimento: 7h30 às 11h30 e 13h às 17h