Quinta-feira, 01 de novembro de 2018
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Foram conhecidos nesta quarta-feira (31), em
Pinhalão, no Norte Pioneiro, os vencedores da 16ª edição do Prêmio Café
Qualidade Paraná. Os finalistas disputam nas categorias cereja descascado e
café natural. E mais uma vez os produtores de Mandaguari foram destaque, ficando
entre o melhores do Estado.
O produtor Edson Lopes, da Cafeeira Boa
Esperança, na oportunidade representado por Fernando Lopes, conquistou o
terceiro lugar na categoria Café Natural, que teve ainda outro mandaguariense,
José Roberto Rocco, em quinto lugar, que no evento foi representado pelo chefe
do escritório de Mandaguari da Emater-PR, Sergio Zafalon. Na categoria Natural
(microlote) Gilberto Silva Bengozi conquistou o terceiro lugar. O secretário de
Agricultura e Abastecimento de Mandaguari, Luis Felipe Cavalheiro Martvi,
participou do evento juntamente com Osni Rodrigues, do setor administrativo da
Secretaria. O município possui hoje um programa de revitalização da
cafeicultura que, além do apoio técnico, distribui mudas de café para os
produtores locais, desde que se adequem à lei específica, especialmente no que
se refere à tecnologia e qualidade do produto.
Os cafeicultores José
Eduardo Correa Ferraz, de Ribeirão Claro, e Valdeir Luiz de Souza, de Ivaiporã,
venceram esta edição, concorrendo com grãos preparados no processo natural e
cereja descascado. Nas mesmas categorias, mas disputando com microlotes,
venceram os produtores Márcio Rosa Fávaro, de Pinhalão, e Valdir Constantino,
de São Jerônimo da Serra.
Cada um dos
finalistas tem garantida a compra do lote por R$ 1.000 a saca, pelos patrocinadores
do concurso. Eles representarão o Paraná no Concurso Nacional de Qualidade do
Café, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Os
produtores que chegaram de segundo a quinto lugar também têm garantia de
compra, respectivamente por R$ 850, R$ 800, R$ 750 e R$ 700 a saca.
Ainda como prêmio, os
finalistas até a terceira colocação receberam TVs e equipamentos eletrônicos
oferecidos pela empresa Agropecuária Rodrigues.
REALIZAÇÃO E DISPUTA – O Prêmio Café Qualidade Paraná é
uma realização da Câmara Setorial do Café do Paraná, Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar),
Instituto Emater, Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina e Prefeitura
de Pinhalão. O concurso tem o patrocínio da Sicredi, Faep/Senar, Bratac,
Ocepar, Sebrae, Cooperativa Integrada, BRDE e, ainda, o apoio da Cocari,
Cocamar, Copacol, Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) e Sociedade
Rural do Paraná (SRP).
O Prêmio Café
Qualidade Paraná 2018 envolveu as regiões de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio
Procópio, Ivaiporã, Londrina, Maringá, Santo Antônio da Platina e Toledo. Para
chegar à final, os vencedores superaram 320 competidores, que iniciaram o
certame em seletivas nas várias zonas produtoras do Paraná.
A competição se dá em
duas categorias, conforme o processo de finalização da colheita – cereja
descascado e natural. No primeiro método, a polpa do grão maduro é retirada
para diminuir o tempo de exposição ao sol no terreiro, enquanto no segundo o
grão vai inteiro para a secagem. Cada zona produtora promove um concurso
regional e seleciona o melhor lote de cada categoria para competir na fase
estadual.
Para participar, o
cafeicultor inscreve lotes de seis a oito sacas de 60 quilos. Pequenos produtores
familiares podem concorrer com os chamados “microlotes”, de duas ou três sacas.
Os lotes classificados nas fases regionais seguiram para a disputa de âmbito
estadual. Aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da
bebida são os quesitos avaliados, conforme metodologia SCAA (Associação
Americana de Cafés Especiais) em busca dos melhores cafés do Paraná em cada
categoria.
A prova de xícara dos
lotes que chegaram à final foi realizada no Centro de Qualidade do Café do
Iapar, por degustadores de empresas e cooperativas.
PRODUÇÃO – A cafeicultura ocupa cerca de 41 mil
hectares no Paraná. A maior parte das lavouras paranaenses tem em média 10
hectares e é conduzida por pequenos produtores familiares.
A produção deste ano
deve situar-se pouco abaixo de um milhão de sacas beneficiadas, projeção que já
considera uma pequena redução provocada pela falta de chuvas em abril. “A falta
de água no solo acelerou o ciclo vegetativo das plantas, diminuiu ligeiramente
a produção e afetou o peso dos grãos”, diz o economista Paulo Sérgio Franzini,
do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e
Abastecimento.
Ainda segundo Franzini, a segunda estiagem deste inverno, nos meses de junho e
julho, beneficiou os trabalhos de colheita, que se encerraram com praticamente
um mês de antecedência em relação aos anos anteriores.
Houve ainda uma ótima
coincidência para os produtores – foi nessa época que chegaram à maturação os
frutos resultantes da maior florada do ciclo, ocorrida em outubro de 2017. “No
conjunto, tivemos uma safra de boa qualidade, mas com um volume menor de cafés
com alto padrão de bebida”, acrescenta.
CLASSIFICAÇÃO - Confira a classificação completa do
concurso:
Natural
1º José Eduardo Correa Ferraz - Ribeirão Claro
2º Evilásio Shigueaki Mori - Cambira
3º Edson Lopes - Mandaguari
4º Flávia Jacob Saldanha Rodrigues - Jacarezinho
5º José Roberto Rocco - Mandaguari
Natural
(microlote)
1º Márcio Rosa Fávaro - Ivaiporã
2º Bruna da Silva Souza Rosa - Tomazina
3º Gilberto Silva Bengozi - Mandaguari
4º Marcelo Galdino dos Santos - Cambira
5º Lisiane Aparecida Veiga do Prado Ravar - Ivaiporã
Cereja
descascado
1º Valdeir Luiz de Souza - Pinhalão
2º Guilherme Henrique Fiorucci - Cambira
3º Luiz Roberto Saldanha Rodrigues - Jacarezinho
4º Claudemir Alves de Souza - Pinhalão
5º Samuel Bartolomeu Fiorucci - Cambira
Cereja
descascado (microlote)
1º Valdir Constantino - São Jerônimo da Serra
2º Juarez Colatino Barros - São Jerônimo da Serra
3º Maristela Fátima Silva Souza - Tomazina
4º Leandro Cesar Soares - São Jerônimo da Serra
5º Sandra
Aparecida de Freitas Godói - Tomazina
Com informações do
site: aen.pr.gov.br
Fonte: Reconhecimento
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