Terça-feira, 17 de março de 2020
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A Secretaria de Saúde do município de Mandaguari está reforçando a informação de que o governo federal está antecipando para 23 de março, próxima segunda-feira, a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe – anteriormente, a abertura estava prevista para a segunda quinzena de abril. A decisão foi divulgada no dia 27 de fevereiro último, um dia após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil.
A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes na população alvo.
Em 2020, será realizada a 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 23 de março a 22 de maio de 2020, sendo 9 de maio, o dia “D” de mobilização nacional. Na ocasião, serão vacinados indivíduos de 55 a 59 anos de idade, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, crianças de 6 meses à 5 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e forças de segurança e salvamento. O público alvo, portanto, representará aproximadamente 67,6 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos elegíveis. Visando ampliar o acesso à vacinação dos grupos mais vulneráveis, as pessoas de 55 anos a 59 anos de idade também serão vacinadas; até o ano de 2019 a vacina estava disponível para os adultos de 60 anos e mais de idade.
O Ministério da Saúde tomou a decisão de realizar esta campanha com um mês de antecedência, que historicamente acontecia em abril, pelo momento que o mundo passa no combate ao coronavírus e em virtude da confirmação de dois casos no país, apesar desta vacina não prevenir contra esse novo vírus. Com isso, pretende-se proteger a população contra a influenza além de minimizar o impacto sobre os serviços de saúde. Destaca-se que os sintomas desta doença são semelhantes aos do coronavírus e essa antecipação visa reduzir a carga da circulação de influenza na população.
Esta ação envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União, das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e Secretarias Municipais de Saúde (SMS). Estima-se o funcionamento de aproximadamente 41.858 mil postos de vacinação.
INFLUENZA
A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e também pode causar pandemias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a ocorrência de casos da influenza varia de leve a grave e pode levar ao óbito. A hospitalização e morte ocorrem principalmente entre os grupos de alto risco. Em todo o mundo, estima-se que estas epidemias anuais resultem em cerca de 3 a 5 milhões de casos de doença grave e de cerca de 290.000 a 650.000 mortes.
A doença é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. O vírus A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias. Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de influenza concomitantemente (exemplo: influenza A (H1N1) pdm09, influenza A (H3N2) e influenza B).
Dependendo da virulência das cepas circulantes, o número de hospitalizações e mortes aumenta substancialmente, não apenas por infecção primária, mas também pelas infecções secundárias por bactérias.
A infecção pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
A gravidade da doença é maior quando surgem cepas pandêmicas, para as quais a população tem pouca ou nenhuma imunidade.
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